Não houve gritos. Nem descaso. Tampouco injurias. A voz do professor é interrompida vez ou outra e então ele pára de falar, aguarda, ao que os alunos pedem desculpas. Eles anotam, tiram dúvidas, arriscam, gaguejam, murmuram, em lugar de voz têm um leve balbuciar...Eu pergunto o que ele disse. Ele esconde com a mão esquerda a boca e tenta dizer alguma coisa. O professor insiste, ele sorri e abaixa os olhos que percorrem o piso do teatro. "Está certo!" - responde o professor - " Está certo!" O menino não responde, mas segue olhando para o chão e sorrindo.
Fabiano Ramos Torres in " Diários, notas e provas bimestrais - crônicas do cotidiano escolar"
Fabiano Ramos Torres in " Diários, notas e provas bimestrais - crônicas do cotidiano escolar"
2 comentários:
Muito lindo !!!
Muito estranho, devo dizer
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