domingo, 31 de maio de 2009

Luis

Após cumprimentar muitos de seus amigos eu vejo de longe aqueles olhos. Vêm em direção a mim. Os lábio são grossos como os lábios de um negro. Abre um sorriso e em meio a uma voz trêmula - insegura - ele me agradece. E me dá os parabéns. Pede que Deus me abençoe e que o Espírito Santo siga me iluminando. " Eu não acredito em nada disso", penso eu. Mas ele insiste, as palavras não são muitas, nem poderiam ser: tem nos olhos um brilho que diz tudo. Tempos depois, o aperto de mão se tornou abraço e o abraço um pedaço de minha vida. No silêncio me vejo obrigado a reconsiderar.

Fabiano Ramos Torres. in " Diários, notas e provas bimestrais - crônicas do cotidiano escolar."

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