domingo, 24 de maio de 2009

Professor Escocês visita Itaquera



Em Junho o Coletivo Fórum Nômade de Educação e Arte irá recepecnionar o professor Terry Wrigley da Faculdade de Educação de Edimburgo. O pesquisador vem ao Brasil em viagem de pesquisa, a convite do Cecip. Na ocasião, o objetivo do professor " é conhecer , em duas semanas, um pouco sobre a diversidade de práticas pedagógicas brasileiras para promover a a aprendizagem de crianças, jovens e adultos ( Educação Básica) - e pensar a possibilidade de futuras parcerias ." Comenta Madza Ednir, consultora do Cecip.



O Coletivo "Fórum Nômade" vai receber o pesquisador e acompanhá-lo até a E.E Profª " Ruth Cabral Troncarelli" onde conhecerá as instalações da escola bem como será convidado a participar das aulas ministradas na ocasião. A seguir, o Coletivo " Fórum Nômade" juntamente com os convidados irão, em caminhada, até o "Céu Jambeiro", distante 2km da Escola Estadual. A caminhada tem por objetivo percorrer as ruas do entorno das escolas enfatizando as temáticas abordadas nos debates do Fórum Nômade, a saber, o ubarnismo e a arquitetura, o acesso à cultura, à arte e aos equipamentos de educação formal e não-formal, a temática da juventude e sua relação com a cidade, especificamente em sua interface com a periferia. Outro aspecto importante de nossas discussões têm sido as relações entre processos de subjetivação e as novas configurações do tecido urbano, ou seja, pergunta-se de que modo os jovens, numa cultura de periferia, constituem-se como sujeitos da escola, da comunidade, dos grupos... Pensar os processos de subjetivação em relação à cidade possibilita uma interação do indivíduo com a urbes o que abriria aos sujeitos uma dimensão para além de uma interioridade centrada em si mesma. Quais as possibilidades de redesenhar o tecido urbano para que nela seja possível novas formas de pensar e viver?

Uma das passagens que fará parte de nosso roteiro será a travessia por alguns dos inúmeros becos presentes na Cohab II. Fruto da dinâmica da retração e privatização do espaço público, os becos surgem à medida em que também são levantados muros ao redor dos prédios e casas. Ao passo que as pessoas encerram-se em condomínios, as ruas acabam por se tornar lugares inseguros: a segurança passa para o domínio do privado e a insegurança passa a ser assunto público. A travessia do beco, neste sentido, passa a ser uma experiência marcada pela intencionalidade mas, e sobretudo, uma experiência aberta: apesar do fechamento indicado pelo beco, a experiência que nele é possível é uma experiência aberta ao acontecimento. Isso significa que apesar da previsibilidade de uma tal passagem, o beco, assim como as ruas desconhecidas, se apresentam como aberturas ao inusitado e ao imprevisível.

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